PLANO DE ESTUDOS

Este curso aborda um dos aspectos mais importantes da comunicação humana, e que, além disso, é um dos aspectos menos estudados atualmente e que possui um peso e valor essenciais dentro da profissionalidade da comunicação. Tão importante é, que se torna decisivo em um debate ou troca de opiniões e, sobretudo, no que se refere à convicção e à potência do conteúdo da comunicação.

A comunicação se torna notavelmente enriquecida quando quem participa dela tem a capacidade de construir argumentos lógicos e convincentes e, como contrapartida, analisar os argumentos recebidos e ter a capacidade de desmontar aqueles cujo conteúdo é uma falácia ou são, simplesmente, recursos não genuínos.

Como se sabe, participar e até ganhar uma discussão não é o mesmo que ter razão, nem perder é sinônimo de estar errado. Com muita frequência, quem se impõe em um debate é simplesmente o mais habilidoso, o mais experiente ou o que tem uma personalidade mais avassaladora (às vezes também o menos escrupuloso).

Todos já passamos pela experiência de, com várias horas de atraso, encontrar o argumento que teria permitido resolver definitivamente a questão. Mas, para esse momento, a ideia já não tem utilidade, pois a discussão já havia terminado. Esse conhecimento, considerado superior dentro da comunicação, é de grande utilidade para todos aqueles que precisam convencer ou persuadir sobre ideias, objetos ou defender certas posições.

Plano de Trabajo | Foco de cada Aula 

Através de seis aulas, buscamos reforçar e desenvolver competências discursivas e de raciocínio crítico necessárias para o exercício profissional.

Com esse objetivo, são fornecidas ferramentas desenvolvidas na teoria da argumentação, complementadas com os aportes dessa teoria, para analisar e avaliar os discursos argumentativos.

Ao final do curso, espera-se que o aluno seja capaz de:

1. Analisar um discurso argumentativo, com base em conceitos, regras e princípios da teoria da argumentação. Analisar um discurso desse tipo significa identificar todos os elementos relevantes do discurso para sua posterior avaliação: pontos de vista e premissas explícitas e implícitas, tipos de esquemas argumentativos subjacentes à argumentação, tipos de estrutura por meio da qual os argumentos apresentados se relacionam entre si.

2. Avaliar um discurso argumentativo e justificar adequadamente a avaliação proposta. Avaliar significa julgar se um discurso argumentativo cumpre os critérios de um determinado modelo de racionalidade. Justificar uma avaliação implica demonstrar não apenas o descumprimento de um critério normativo, mas também o sentido e/ou a conveniência de utilizar o modelo de racionalidade ao qual pertence o critério. Para esses efeitos, são revisados diferentes modelos de racionalidade desenvolvidos na teoria da argumentação. Dá-se especial ênfase ao modelo dialético (também chamado de “crítico”), que propõe critérios de racionalidade aplicáveis não só a nível inferencial, mas também dialógico

3. Analisar e avaliar um discurso argumentativo. Como muitos contextos possuem exigências de racionalidade específicas, é necessário complementar as ferramentas gerais de análise e avaliação com noções, regras e princípios fornecidos pela teoria da argumentação.

Plano De Aulas

Introdução:

• Conceito de argumentação – o que é uma argumentação.
• O objetivo: persuadir.
• A proposição.
• Premissas e conclusões.
• Argumentação e demonstração.

Quando é possível argumentar?

• A existência de desacordos.
• A necessidade de uma linguagem compartilhada.
• Estabelecendo regras comuns.

Os desacordos que surgem quando se argumenta:

• As palavras e os fatos: os problemas com as palavras.
• Combatendo os problemas com as palavras.
• Cinco regras para elaborar definições.
• O problema do manejo de evidência prática.
• O problema da solidez.
• O problema da pertinência.
• O problema da interpretação.

Os problemas que surgem quando argumentamos:

• Os problemas com os julgamentos de valor.
• A escolha dos critérios.
• Os problemas de pertinência e consistência.
• As regras que dominam o pensamento dedutivo.
• Verdade, validade e correção.
• As regras que governam o pensamento indutivo.

A análise das falácias:

• Falácias formais.
• Falácias não formais.
• Falácias não formais próprias do raciocínio indutivo.

Armas, estratégias e truques na discussão:

• Quatro armas básicas de combate.
• Estratégias lícitas e estratégias ilícitas.
• Truques para o “jogo sujo”.

Ética da Argumentação:

• Significado e valor de ganhar uma discussão.
• Por que uma ética da argumentação?
• Alguns princípios básicos.
• Princípio do reconhecimento do explícito.
• Princípio da caridade interpretativa.
• Princípio da parcimônia.
• Princípio do respeito pela realidade.
• Princípio da despersonalização.
• Princípio da responsabilidade.

Regras para avaliar e construir argumentações:

• Regras para avaliar argumentações alheias.
• Regras para construir nossas próprias argumentações.

Exercícios gerais práticos.

A quem é direcionado?

A todos aqueles que precisam melhorar sua comunicação pessoal ou profissional. Pessoas que precisam realizar apresentações gerais ao público, apresentações de relações, de ideias, de posições, apresentações e argumentações jurídicas, apresentações em relações sindicais, relações de vendas, comunicação e motivação para o pessoal, apresentação de projetos, em um amplo espectro que inclui representantes da sociedade civil, docentes e conferencistas, vendedores e pessoal que gerencia capital humano.

Ferramentas adicionais:

Cada curso é composto por ferramentas concretas que o participante encontrará aplicáveis à sua realidade desde o momento inicial.

Oferecemos uma série de recursos de aprofundamento (conferências TED, artigos, fichas de trabalho e vídeos) para que o participante amplie a base de recursos de cada tema abordado nas aulas.